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A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica causada por uma interação complexa de fatores genéticos e ambientais.
Há bastante tempo, o tabagismo tem sido apontado como um dos fatores de risco extrínsecos mais importantes para o seu desenvolvimento e gravidade. Estudos recentes, lançaram luz sobre a fisiopatologia da AR em fumantes, incluindo o estresse oxidativo, inflamação, formação de auto anticorpos e alterações epigenéticas. A associação do tabagismo e o desenvolvimento da AR foram demonstrados por estudos epidemiológicos, bem como por modelos in vivo e animais de AR.
Com o aumento do uso de agentes biológicos, além dos medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença (DMARDs), tem havido interesse em saber como o tabagismo afeta a resposta aos medicamentos no tratamento da AR. Evidências recentes já sugerem que a resposta e a sobrevivência da medicação em pessoas tratadas com imunobiológicos, com o fator de necrose antitumoral (anti-TNF) é mais fraca em fumantes pesados.
Além do efeito negativo sob o funcionamento das medicações de tratamento, acredita-se que o cigarro também possa contribuir com o aumento do risco de desenvolvimento das manifestações extra articulares (MEA) da doença. Este quadro ocorre em 20% a 45% dos pacientes com AR. O reconhecimento das MEA pode ser importante, pois está associado à maior atividade da doença e maior mortalidade na artrite reumatóide. As MEA incluem os nódulos reumatóides, vasculite cutânea, polineuropatia, inflamação da pleura, doença intersticial do pulmão com fibrose, pericardite, anormalidades hematológicas, alguns tipos de inflamação ocular e síndrome de Sjögren secundária.
Referências: Chang K, et al. Int J Mol Sci. 2014 Dec; 15(12): 22279–22295