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Artrite reumatoide e fibromialgia são duas doenças bastante parecidas em termos de sintomas e, para os leigos, são facilmente confundidas. Mas elas possuem diferenças bastante particulares e importantes. Entenda as características de cada um dos quadros.
Apesar de ambas as doenças apresentarem dor em diversas partes do corpo, elas não se resumem a isso. De acordo com a médica especialista em reumatologia Rebeka Paulo, a artrite reumatoide é uma doença autoimune crônica que provoca inflamação nas articulações. Como grande parte das doenças classificadas como “autoimune”, ela não possui uma causa 100% conhecida.
Já a fibromialgia é classificada como a “síndrome de dor crônica generalizada”. A doença também atinge o paciente com fadiga persistente (cansaço) e sono não reparador (que ocorre quando a pessoa acorda cansada). Segundo Rebeka, a fibromialgia afeta até 5% da população mundial.
Ambas, artrite reumatoide e fibromialgia, são problemas que ocorrem mais em mulheres do que em homens. A artrite geralmente tem início entre os 30 e 40 anos, com uma maior incidência ao avançar da idade, já a fibromialgia pode atingir pessoas em qualquer faixa etária – com predominância em jovens adultos.
E vale ressaltar: “Não é difícil nos deparamos com pacientes que apresentam o diagnóstico simultâneo de artrite reumatoide e fibromialgia. E isso acaba trazendo grande desafio ao diagnóstico diferencial desses casos. No entanto, com auxílio de exames de imagem e laboratório, conseguimos diferenciar os sintomas específicos de cada doença”, afirma Rebeka.
Ainda de acordo com a médica, a artrite reumatoide doença causa dor, inchaço e rigidez nas articulações afetadas, “principalmente em mãos e punhos, mas com potencial para afetar qualquer articulação do corpo”, explica. “Por ser uma doença autoimune sistêmica, ela pode também acometer outros órgãos e sistemas em até 40% dos indivíduos ao longo do curso da doença”, completa.
Assim, pessoas que sofrem com artrite reumatoide podem apresentar também sintomas em órgãos como pulmão, coração, olho, pele, sistema nervoso. “Normalmente, os sintomas sistêmicos ocorrem em pacientes com longo tempo de diagnóstico e com apresentação mais agressiva da doença.
O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida e, além das articulações inflamadas, os pacientes podem apresentar rigidez matinal, dor muscular difusa, fadiga, febre baixa, perda de peso e, com a progressão da doença sobretudo se não tratada, há destruição da cartilagem articular”, alerta. Por conta do agravamento, Rebeka aponta que pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de atividades cotidianas e profissionais.
Ainda segundo a especialista, os pacientes com fibromialgia possuem hipersensibilidade, porque sua percepção e processamento da dor é diferente de uma pessoa saudável. “Estímulos que normalmente não causam dor em pessoas sem a doença, são percebidos de forma exagerada pelo paciente com fibromialgia”, explica. Outros sintomas da fibromialgia englobam: déficit de memória e atenção, ansiedade, depressão, enxaqueca e alterações intestinais.
Para ambos os quadros, o tratamento é realizado por meio de medicação e cuidados não medicamentosos. Em alguns casos, é aconselhável: acupuntura, terapia cognitivo-comportamental e, principalmente e a prática regular de exercícios físicos – preferencialmente atividades aeróbicas.
Na fibromialgia, em especial, é possível aplicar um tratamento multidisciplinar, já que a doença pode afetar diferentes partes do corpo.
Fonte: Yahoo! Estilo de vida