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A síndrome de hipermobilidade articular benigna é uma condição na qual ocorre frouxidão ligamentar e das articulações, assim, a pessoa consegue realizar facilmente movimentos não habituais, acima da faixa normal de amplitude da articulação. A presença de articulações hipermóveis está associada à fatores genéticos, podendo ocorrer em até 10 a 30% das pessoas e é mais comum nas mulheres.
A hipermobilidade articular benigna muitas vezes não se apresenta com nenhum sintoma, não requerendo tratamentos específicos se a pessoa for assintomática. Assim, geralmente não há riscos maiores para a pessoa e algumas delas – como bailarinos, ginastas e músicos – realmente podem se beneficiar do aumento da flexibilidade.
No entanto, podem acorrer dores e rigidez articular/muscular (como nos joelhos, quadris, cotovelos e dedos), pois a pessoa acaba realizando movimentos inadvertidos, aumentando o risco de lesões articulares e musculares. Nesses casos há uma maior incidência de luxação (como um ombro deslocado) e entorse de articulações envolvidas. Sintomas inespecíficos como fadiga crônica, distúrbios de sono, dor de cabeça também podem estar presentes.
Uma pessoa com síndrome de hipermobilidade articular também pode ter um número de outros sintomas relacionados a deficiências nos tecidos conjuntivos por todo seu corpo, como alterações no sistema digestório, e outras queixas como: incontinência urinária, hérnias, prolapso de órgãos pélvicos, varizes, pé chato, tendência a machucar-se facilmente e desenvolver estrias e pele fina ou elástica.
A Hipermobilidade articular é também uma característica de uma condição médica rara, hereditária, mais significativa, chamada Síndrome de Ehlers-Danlos, que é caracterizada por fraqueza dos tecidos conjuntivos do corpo. Além disso, é comumente vista em pessoas com síndrome de Down e em pessoas com Síndrome de Marfan.
Articulações hipermóveis tendem a ser herdadas em genes específicos, passados pelos pais para seus filhos. Os genes que são responsáveis pela produção de colágeno, uma proteína importante constituinte da pele, músculos e tendões, que ajuda a manter os tecidos em conjunto, são suspeitos de desempenharem um papel importante no defeito da produção de colágeno, levando a essa maior fragilidade e frouxidão ligamentar.
A síndrome de hipermobilidade articular é diagnosticada por meio da história e exame clínico, avaliando-se as articulações afetadas e notando que se movem facilmente acima da faixa normal esperada. Não há nenhum exame de sangue ou imagem para a síndrome de hipermobilidade.
Os tratamentos são personalizados para cada indivíduo com base em suas manifestações particulares. Dores nas articulações podem ser aliviadas por medicamentos para dor ou inflamação. No entanto, muitos indivíduos com síndrome de hipermobilidade articular melhoram na idade adulta.
Fonte: www.UpToDate.com