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A Síndrome Dolorosa Miofascial é uma das causas mais comuns de dor muscular e consiste em uma disfunção neuromuscular local que se caracteriza por áreas sensíveis em bandas musculares tensas (contraturas) que geram dor em regiões afastadas ou vizinhas.
Ela ocorre mais frequentemente na cabeça, pescoço, dorso, ombros, pernas, glúteos, e região lombar, podendo acometer qualquer grupo muscular. A dor geralmente é maior nos períodos de estresse e durante atividades físicas, podendo acontecer também no repouso.
Ela pode ocorrer em ambos os sexos, com maior incidência nas pessoas acima dos trinta anos de idade, especialmente nos atletas. São percebidos pontos de gatilho, que são pontos bem delimitados, onde se percebe um nódulo ou uma contração muscular. Quando esta região é estimulada há grande dor, porém não no mesmo local do ponto de gatilho (ela irradia para outra área do corpo). Além disso, a pressão sob o ponto pode gerar formigamento nas mãos, queimação e ardência.
Principais causas de estresse excessivo no músculo:
O diagnóstico é clínico, por meio da palpação de bandas musculares tensas nos músculos afetados. O médico pode solicitar exames de raios-x e de sangue, visando afastar outros diagnósticos diferenciais. Não há necessidade de exames adicionais, já que não existem testes mais específicos.
O tratamento da miofascial
O tratamento da síndrome miofascial visa eliminar ou minimizar a dor gerada pelo ponto gatilho, em associação com terapias como a acupuntura, exercícios de alongamento, uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios, tratamento da etiologia quando possível e observação do paciente em seu ambiente social.
O tratamento consiste na identificação da causa e sua correção. Uma prática muito usada é a injeção no ponto gatilho, que tem como objetivo eliminar os mesmos e, consequentemente, as bandas musculares tensas, reduzindo ou minimizando a dor, aumentando a amplitude de movimento, impossibilitando que estes nódulos se tornem fibróticos e resistentes ao tratamento ou fazendo com que as recidivas sejam frequentes.
A infiltração no ponto gatilho pode ser realizada principalmente por meio de duas técnicas: agulhamento a seco ou infiltração com anestésico local.
Se o problema for postural, é importante corrigir a postura do paciente e sua movimentação no dia a dia, para que a causa seja resolvida. Portanto, o portador desta síndrome precisa se conscientizar que deve colaborar com o tratamento. Esta colaboração é essencial, pois grande parte do tratamento é feito pela correção da causa e só quem poderá resolver isto é o paciente.
Portanto, é preciso melhorar a ergonomia dos ambientes de trabalho e pessoais do portador da síndrome. Eles deverão ser analisados e corrigidos, assim como a postura do paciente e seus hábitos cotidianos (comer, dormir, trabalhar, participar de atividades de lazer, etc.).
Algumas recomendações no tratamento
Melhoria no estilo de vida: incluir ou aumentar a atividade física, combatendo o sedentarismo (com o auxílio de um profissional de saúde); abolição do hábito de fumar; moderação no consumo de bebidas alcoólicas e à base de cafeína. Se o paciente não colaborar, a dor poderá ser agravada;
O repouso deverá ser feito até a melhora da dor. Portanto, atividades que sobrecarreguem o músculo dolorido precisam ser evitadas neste período. Não é necessário imobilizar a área, porém devem ser feitas sessões de fisioterapia e reabilitação.
O tratamento com agulhas (acupuntura), se escolhido pelo médico e acatado pelo paciente, também exige repouso durante alguns dias, para melhores resultados.
Outras medidas não farmacológicas